sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Prisioneiro do Tempo

Angústia. Angústia ao sentir as correntes.
Correntes do hoje
Impossibilidade de voltar.
O passado está presente. Na mente.
Imagens como a de um filme. O filme da própria vida.

Ansiedade imprópria e desoladora.
Desoladora até o limite. Limite insuperável.
Insuportável.
O que foi vivido é intangível. Como pode permanecer vivo?
Até quando sobreviverá? A morte sepultar-lhe-á.

Coração pulsando. Além do normal. Aquém do desespero.

Amarras que jamais serão afrouxadas. O tempo passa. Elas apertam cada vez mais.
Masmorra aterrorizante de um passado intocável. Incompartilhável.
Tudo dentro. Tudo longe. Tudo preso. Tudo lembrável, mas turvo. 
Feliz contentamento aprisionado na ampulheta 
Sufocado pela areia imaterial

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